Laserterapia para mucosite
A laserterapia para mucosite é um tratamento realizado pelo dentista para acelerar o processo de cicatrização de feridas e diminuir o quadro de dor.
A mucosite oral é uma inflamação aguda dolorosa que acomete pacientes submetidos ao tratamento antineoplásico, incluindo altas doses de quimioterapia e radioterapia na região de cabeça e pescoço. Isso pode fazer com que eles tenham uma diminuição das funções orais básicas, como deglutição, fala e mastigação, o que prejudica a qualidade de vida destas pessoas.
Um outro ponto de destaque é que, quando muito severa, a mucosite oral serve como porta de entrada para microrganismos oportunistas, aumentando o risco de morbidade e mortalidade destes pacientes.
O laser em baixa intensidade (FLBI) é benéfico no tratamento dessas lesões e no controle da dor. Isso porque quase todas as células respondem à irradiação com a luz monocromática originada dos lasers e LEDs, alterando seu metabolismo.
Sendo assim, o principal objetivo desse tratamento é melhorar a qualidade de vida destes pacientes, assim como a não interrupção do tratamento antineoplásico.
Sabendo que a quimioterapia atua de forma sistêmica e que não somente a região ulcerada pode ser afetada, a FLBI deve ser realizada de forma preventiva em toda a cavidade oral e curativa para a MO já instalada. Já na primeira sessão de FLBI os pacientes relatam melhora da dor.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica a mucosite oral de acordo com seus aspectos clínicos e as funções orais do paciente, sendo:
- Escore 0: sem alteração na mucosa;
- Escore 1: irritação ou eritema;
- Escore 2: eritema e lesões ulcerativas que ainda permitem uma dieta sólida;
- Escore 3: lesões ulcerativas em que o paciente se restringe a uma dieta líquida;
- Escore 4: quando a alimentação oral não é possível.
Os fatores de risco para o desenvolvimento destas lesões ulcerativas estão relacionados ao paciente e também à terapia antineoplásica. Idade, higiene oral, função renal, fatores genéticos, tratamento antineoplásico prévio, dentre outros, são fatores vinculados ao paciente. A dose da quimioterapia e radioterapia, o quimioterápico utilizado e o modo de aplicação são fatores relacionados com a terapia.