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Câncer de próstata: quais os tratamentos indicados

A próstata é uma glândula presente somente nos homens que fabrica o líquido prostático, uma substância que, junto com o líquido seminal, compõe o sêmen. O câncer de próstata é o sexto tipo de tumor mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, sendo que, no Brasil, fica atrás somente do câncer de pele não melanoma. Em torno de 75% dos casos no mundo, a doença surge a partir dos 65 anos de idade, sendo considerado um câncer da terceira idade.

Basicamente, o tumor pode se instalar em qualquer parte da glândula e, à medida que cresce, passa a ocupar os lobos direito e esquerdo da próstata. Com o avanço do quadro, o câncer invade a cápsula que reveste o órgão e, cada vez mais, passa a acometer os tecidos ao seu redor, como as vesículas seminais e os linfonodos pélvicos, podendo atingir a corrente sanguínea e se espalhar para outros órgãos.

A detecção precoce do tumor continua sendo um dos principais fatores que aumentam significativamente as chances de cura, que podem chegar em 90%. Os exames que avaliam a saúde da próstata são:

  • Toque retal: uma vez que a próstata se localiza logo atrás do reto, é possível palpa-la nesse exame, que é simples e feito no próprio consultório.
  • PSA (Prostate-Specific Antigens): Em português, significa antígenos específicos da próstata. Esse exame permite avaliar a quantidade dessa molécula no sangue, sendo possível detectar a presença tanto do câncer de próstata quanto de outras doenças.
  • Ultrassom: no geral, é solicitado apenas quando os exames anteriores apresentam irregularidades.
  • Biópsia: análise de uma amostra de tecido da próstata, para uma avaliação mais aprofundada, em caso de suspeita da doença.

Tratamentos indicados para o câncer de próstata

A partir da avaliação do urologista, que envolve a análise do estadiamento da doença, ou seja, o grau de avanço do tumor ou o quanto ele já se espalhou pelo corpo, e as características do paciente, como idade e estado de saúde geral, é possível estabelecer o melhor tratamento para cada caso.

Basicamente, existem três tipos de tratamento que podem ser indicados para o câncer de próstata:

  • Prostatectomia radical: se trata do principal tipo de cirurgia para o tratamento da doença, em que se retira toda a próstata e alguns tecidos à sua volta, inclusive as vesículas seminais. Dentre os procedimentos cirúrgicos para o câncer de próstata estão:
    • Prostatectomia radical aberta: a incisão é feita na região inferior do abdômen até o osso púbico.
    • Prostatectomia radical retropúbica: essa técnica não é muito utilizada, e a incisão é feita na pele entre o ânus e o escroto (períneo).
    • Prostatectomia radical por laparoscopia: são feitas pequenas incisões, onde serão inseridos instrumentos especiais para a remoção da próstata, apresentando algumas vantagens em relação à prostatectomia aberta, como menor tempo de internação, menos dor, menor perda de sangue e recuperação mais rápida.
    • Prostatectomia radical por laparoscopia assistida por robótica: o procedimento é executado por braços robóticos, que são controlados pelo cirurgião, também por meio de pequenas incisões no abdômen do paciente.
  • Radioterapia: pode ser adotada de diferentes formas, por exemplo, como primeiro tratamento em tumores de grau baixo; como parte do tratamento juntamente com a hormonioterapia; para tratar tumores que não foram completamente removidos ou quando houve recidiva da doença após a cirurgia; ou ainda, em casos mais avançados da doença, para manter o tumor sob controle pelo maior tempo possível, visando também a prevenção e o alívio dos sintomas. Esse procedimento conta com diversas variáveis, como:
    • Radioterapia conformacional 3D: utiliza imagens adquiridas por ressonância magnética ou tomografia para a criação de uma imagem tridimensional do tumor, permitindo que feixes de radiação possam ser conformados para as devidas áreas a serem tratadas. Essa técnica propicia um bom controle das doses de radiação e poupa os tecidos saudáveis dessa exposição.
    • Radioterapia de intensidade modulada (IMRT): por meio da mesma técnica anterior, nesse caso, o objetivo é concentrar uma dose mais alta no alvo e reduzir nos tecidos adjacentes, visando diminuir a toxicidade do tratamento.
    • Radioterapia guiada por imagem (IGRT): uma vez que o tumor pode mudar de posição, devido a uma movimentação, preenchimento ou esvaziamento de alguns órgãos, essa técnica consiste em realizar imagens em tempo real na própria máquina de tratamento antes de cada aplicação da radioterapia, garantindo maior precisão.
    • Arcoterapia volumétrica modulada (VMAT): uso do IMRT em determinadas áreas no formato de arcos, a fim de melhor conformação da dose em torno da porção alvo, poupando de forma mais eficaz os tecidos normais adjacentes.
    • Radioterapia estereotáxica: utiliza equipamentos especiais e técnicas avançadas de imagem para aplicar altas doses de radiação precisamente numa determinada região e, geralmente, o tratamento é feito em alguns dias.
    • Radioterapia com feixe de prótons: os prótons liberam sua energia no órgão alvo, diferente dos raios x, que o fazem durante o seu trajeto. Com isso, a radiação do feixe de prótons tende a fornecer mais radiação na próstata, em relação aos raios x, e poupar os tecidos próximos.
    • Braquiterapia: consiste na colocação de pequenas sementes radioativas diretamente na próstata por meio de agulhas finas, geralmente para a doença em fase inicial.
  • Hormonal: pode ser cirúrgico, com a remoção dos testículos num procedimento chamado Orquiectomia ou castração cirúrgica, ou por meio de injeções com medicamentos que reduzem o nível dos hormônios masculinos (andrógenos) no corpo. 

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