5 maneiras de prevenir o câncer de boca
O câncer de boca se trata de um tumor maligno que pode acometer os lábios e qualquer estrutura da cavidade oral, como a língua (principalmente embaixo e nas laterais), bochechas, palato duro (céu da boca) e gengiva.
Essa doença pode surgir em qualquer idade, mas é mais comum em homens com mais de 40 anos e tem ligação com alguns aspectos do estilo de vida, surgindo com maior frequência em pessoas que fumam, têm uma má higiene bucal e uma dieta pobre em vitaminas, minerais e proteínas.
Ainda que não se saiba ao certo a causa do câncer de boca, acredita-se que esse tumor se desenvolva a partir de alterações no DNA das células que revestem o interior da boca por agentes externos (fatores de risco), podendo se disseminar pelo corpo.
Essa condição tem como principais fatores de risco, além do tabagismo, o abuso de bebidas alcoólicas, infecção por HPV (mais relacionado ao câncer de orofaringe) e exposição excessiva ao sol sem proteção labial.
É importante sempre se atentar ao aspecto da boca e possíveis mudanças na sua cor ou outras anormalidades. Dentre os sintomas característicos do câncer de boca estão:
- Lesões nos lábios ou na cavidade oral que não cicatrizam dentro de 15 dias e podem apresentar crescimento com o tempo e/ou sangramentos;
- Manchas ou placas de cor avermelhada ou esbranquiçada na região bucal;
- Nódulos no pescoço;
- Rouquidão persistente.
E em casos mais avançados da doença, podem ser observados:
- Dificuldade de mastigação e para engolir;
- Dificuldade de movimentar adequadamente a língua;
- Problemas na fala;
- Mau hálito;
- Sangramentos;
- Sensação de algo preso na garganta.
Infelizmente, a maioria dos casos é diagnosticada tardiamente, com o câncer em grau avançado, mas, quando a doença é detectada logo no início, o tratamento se dá de forma mais conservadora, o que faz toda a diferença para a qualidade de vida do paciente, além de poder aumentar as chances de cura em até 90%.
Antes de passarmos para as dicas de prevenção do câncer de boca, vale citar que essa é uma das regiões mais fáceis para que o próprio indivíduo faça uma autoavaliação e consiga identificar anormalidades.
Ele consegue observar a cavidade bucal sem dificuldade, em frente ao espelho, antes ou depois de fazer a higiene da região. Além disso, essa doença é silenciosa e muitas vezes indolor, sendo mais um motivo para fazer o autoexame frequentemente.
Basta abrir bem a boca e investigar todos os cantos, colocando a língua para fora, observando as suas laterais, a parte de cima e a de baixo, e analisando as bochechas e gengiva com a ajuda dos dedos. Se houver qualquer sinal suspeito, busque por um estomatologista o quanto antes.
Formas de prevenção do câncer de boca
Além do autoexame, existem alguns cuidados que podem ser tomados para prevenir a doença, dentre eles:
- Não fumar;
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
- Manter uma boa higiene bucal;
- Ter uma alimentação rica em frutas, verduras e legumes;
- Usar preservativo principalmente durante o sexo oral.
Pode-se acrescentar a esses cuidados evitar a exposição excessiva à radiação ultravioleta, enquanto um fator de risco para o câncer de boca e de pele, limitando o tempo que se expõe ao sol e fazendo uso de protetor solar, com ao menos o fator 3o de proteção.
Ademais, deve-se manter a devida periodicidade nas visitas ao dentista e, para quem usa dentadura, vale se atentar se ela está se encaixando corretamente na boca, a fim de evitar irritação oral por estar mal adaptada.
Além disso, pessoas que apresentam áreas de leucoplasia e eritroplasia na boca devem tratar essas lesões pré-cancerosas e manter um acompanhamento médico com a realização de exames periódicos de controle, mesmo quando houver a remoção dessas áreas.
Como é feito o diagnóstico do câncer de boca?
Geralmente, a detecção do tumor é feita por meio de exame clínico e, para a confirmação do diagnóstico, se exige a realização de biópsia, que, na maioria das vezes, é feita de forma ambulatorial com anestesia local.
Entre os tipos mais comuns do câncer de boca estão o carcinoma de células escamosas, também chamado de carcinoma epidermóide, que representa em torno de 95% dos casos, seguido do tumor nas glândulas salivares menores, que representa cerca de 5%.
Em alguns casos, pode ser necessária a solicitação de exames de imagem, como a tomografia computadorizada, tanto para auxiliar no processo de diagnóstico quanto para analisar a extensão do tumor e identificar se existem outros locais que foram afetados além da boca.
Com isso, o cirurgião consegue avaliar cada caso e indicar o tratamento mais adequado, que pode ser feito com a cirurgia, para a remoção do tumor, radioterapia ou quimioterapia, dependendo da sua localidade, gravidade e extensão.
Ficou com alguma dúvida ou identificou um sinal suspeito na sua boca? Entre em contato com a nossa equipe de especialistas e agende uma consulta para passar por uma avaliação e tirar todas as suas dúvidas.