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Como a laserterapia é utilizada na oncologia

A laserterapia consiste num tratamento em que há a aplicação de laser de baixa intensidade, também chamado de laser de baixa potência ou fotobiomodulação, com o objetivo de propiciar o reparo tecidual, ou seja, a cicatrização, estimular a formação de vasos sanguíneos e linfáticos colaterais, além de ter efeito analgésico e reduzir o processo inflamatório e edemas. 

O laser também estimula a produção de fibroblastos, proporcionando uma formação mais ordenada das fibras colágenas e elastinas, o que melhora o efeito da cicatrização.

Parte da luz irradiada pelo equipamento é absorvida pelas células doentes, o que aumenta a microcirculação local, promovendo todos esses benefícios. Além disso, o tratamento com a laserterapia é rápido, seguro, indolor e, quando utilizado da forma correta, não produz efeitos colaterais. 

O sucesso do tratamento feito com o laser de baixa intensidade depende diretamente do cálculo correto da dose ideal a ser aplicada e dos parâmetros do laser.

De forma geral, todos os tecidos do corpo podem se beneficiar com os efeitos da laserterapia, desde ossos, músculos, nervos, mucosas, pele, tendões, dentre outros. Já em pacientes oncológicos, vale ressaltar que a região onde se localiza o tumor ativo não pode receber a irradiação com laser, uma vez que é aumentada a atividade metabólica celular. 

Além disso, ainda não existem estudos que comprovem a sua segurança para esses casos. Mas, em outras regiões do corpo não acometidas pelo tumor, a laserterapia pode ser adotada sem problemas e inclusive é, muitas vezes, indicada.

Na oncologia, a aplicação do laser geralmente é recomendada para:

  • Cicatrizes, fibroses e aderências;
  • Inflamações (tendinites, bursites);
  • Feridas;
  • Edema e linfedema;
  • Paralisia facial;
  • Mucosites (inflamação da mucosa da boca por conta da quimioterapia);
  • Radiodermites (queimaduras provocadas pela radioterapia);
  • Distúrbios de ATM (articulação temporomandibular);
  • Neuropatias.

Também chamado de laser terapêutico, a laserterapia de baixa potência atua com um comprimento de onda que fica entre 630 e 904 nanômetros, ou seja, ela não pode ser considerada ionizante (que tem a capacidade de alterar o DNA das células) e, portanto, não causa câncer. 

Para ser ionizante e cancerígena, seria necessário que ela contivesse fótons com alta potência, ou comprimentos curtos de onda, como é o caso da radiação solar UVB e UVC, raios-X e radiação gama, que consistem em radiações eletromagnéticas com comprimento de onda menor do que 320 nanômetros.

Laserterapia na oncologia

Principalmente quando se trata da quimioterapia e radioterapia, o tratamento do câncer pode provocar algumas complicações bucais ao paciente, como a xerostomia ou boca seca, infecções oportunistas, como a candidíase e a herpes, problemas odontológicos, como os abcessos dentários e a osteonecrose, que se trata da necrose do tecido ósseo por falta de irrigação sanguínea. 

E, dentre essas condições, a mais comum e dolorosa entre os pacientes oncológicos é a mucosite.

A mucosite é uma inflamação que acomete a parte interna da boca e garganta e que pode evoluir para úlceras e feridas bastante dolorosas nessa região. 

Os efeitos colaterais de um tratamento de câncer variam de pessoa para pessoa quanto à sua intensidade e duração, de acordo com diversos fatores. 

Alguns deles podem inclusive não apresentar efeito colateral algum, enquanto outros passam por sintomas leves e outros mais severos. No caso da mucosite, a taxa de incidência é de até 40% entre as pessoas que recebem quimioterapia.

As principais causas para o surgimento dessa complicação, além de alguns tipos de quimioterapia e radioterapia aplicada na região da cabeça e pescoço, são a queda do sistema imunológico (geralmente também por conta da quimioterapia) e devido a um transplante de medula óssea.

Tratamento e prevenção da mucosite

A recomendação é sempre tratar a mucosite precocemente ou evitar que ela se desenvolva. Por isso, o ideal é sempre conversar com o seu médico sobre quaisquer sinais ou incômodos que possam surgir, mas existem algumas dicas gerais que podem ser adotadas durante o tratamento do câncer para evitar o quadro:

  • Crioterapia: sucção de pedaços de gelo antes e durante as sessões de quimioterapia;
  • Fazer a higiene bucal com pasta de dente com flúor;
  • Usar o fio dental com suavidade;
  • Remover a dentadura;
  • Fazer gargarejos com bicarbonato de sódio;
  • Evitar alimentos muito salgados, ácidos, picantes e secos;
  • Dar preferência a alimentos que não exijam muita mastigação (líquidos e pastosos).

Mesmo que estas sejam recomendações gerais, sempre consulte o seu médico antes de tomar quaisquer medidas durante o tratamento. Assim como, pacientes que irão iniciar um tratamento por radioterapia na região da cabeça e pescoço devem consultar o dentista antecipadamente para obter as orientações de como preservar os dentes e prevenir infecções.

Tanto para prevenção quanto para quando a mucosite já está instalada, a laserterapia é a principal ferramenta utilizada para proporcionar mais conforto ao paciente, reduzindo os efeitos colaterais inerentes ao tratamento oncológico e aumentando a sua qualidade de vida.  

O profissional habilitado para fazer o tratamento com laserterapia é o estomatologista – dentista especializado em doenças da boca.

Quer saber mais sobre as opções de terapia para evitar ou tratar os efeitos colaterais em pacientes oncológicos? Entre em contato e agende uma consulta.